quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Jornal Folha Espírita de maio/11 -Matéria sobre Revelações de Chico Xavier



REVELAÇÕES APOCALÍPTICA DE CHICO XAVIER


Companheiros de Ideal!

O prestigiado jornal Folha Espírita de maio/11 traz uma revelação feita em 1986, pelo médium Francisco Cândido Xavier a Geraldo Lemos Neto, fundador da Casa de Chico Xavier de Pedro Leopoldo (MG) e da Vinha de Luz Editora, de Belo Horizonte/MG, sobre o futuro reservado ao planeta Terra e a todos os seus habitantes nos próximos anos. Marlene Nobre pelo FE, entrevista Lemos Neto, que disse carregar este fardo há muito tempo (25 anos), cumprindo agora o dever de revelá-lo em sua completude. Diz que, em 1986, quando dessa conversa com o Chico, sentiu que sua mente estava recebendo um tratamento mnemônico diferente para que não viesse a esquecer aquelas palavras proféticas, e que seria chamado a testemunhá-las no momento oportuno, que chegou.
Conhecendo a seriedade dos confrades Marlene Nobre e Geraldo Lemos Neto, sendo que o profeta em questão é nada menos que Chico Xavier, e tendo em vista o teor das considerações a respeito, reputo da mais alta importância a divulgação dessa revelação apocalíptica. É a razão pela qual estou encaminhando esse e-mail a tantos companheiros.
Copiei as partes principais da longa entrevista, mantendo o texto fiel ao que consta do jornal em sua maior parte, sem me ater em pormenores de forma para não estender demais essas palavras. Os grifos no texto são meus. A íntegra pode ser lida no exemplar nº 439, ano XXXV, de maio de 2011 do jornal Folha Espírita.
Entendo ser um momento de muita reflexão de todo o movimento espírita e, acima de tudo, de muita prece, com muito otimismo, positivismo e serenidade, enfatizando-se a necessidade de um maior esforço individual e coletivo de renovação. Os jornais espíritas em geral deveriam encartar em seu corpo o referido exemplar do FE, ou pedir autorização para transcrever a matéria em questão, visando dar a mais ampla divulgação.

Fraternalmente.

Paulo Marinho – CEAE-Genebra

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(...) Assim, tive (Geraldo) a felicidade de conviver na intimidade com Chico Xavier, dialogando com ele vezes sem conta, madrugada a dentro, sobre variados assuntos de nossos interesses comuns, notadamente sobre esclarecimentos palpitantes acerca da Doutrina dos Espíritos e do Evangelho de Jesus.
Um desses temas foi em relação ao Apocalipse, do Novo Testamento. (...) Desde então, Chico tinha sempre uma ou outra palavra esclarecedora sobre o assunto. Numa dessas conversas, lembrando o livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, pelo espírito Humberto de Campos, Lemos Neto externou ao Chico sua dúvida quanto ao título do livro, uma vez que ainda naquela ocasião, em meados da década de 80, o Brasil vivia às voltas com a hiperinflação, a miséria, a fome, as grandes disparidades sociais, o descontrole político e econômico, sem falar nos escândalos de corrupção e no atraso cultural.
Lembro-me, como hoje, a expressão surpresa do Chico me respondendo: “Ora, Geraldinho, você está querendo privilégios para a Pátria do Evangelho, quando o fundador do Evangelho, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, viveu na pobreza, cercado de doentes e necessitados de toda ordem, experimentou toda a sorte de vicissitudes e perseguições para ser supliciado quase abandonado pelos seus amigos mais próximos e morrer crucificado entre dois ladrões? Não nos esqueçamos de que o fundador do Evangelho atravessou toda sorte de provações, padeceu o martírio da cruz, mas depois ele largou a cruz e ressuscitou para a Vida Imortal! Isso deve servir de roteiro para a Pátria do Evangelho. Um dia haveremos de ressuscitar das cinzas de nosso próprio sacrifício para demonstrar ao mundo inteiro a imortalidade gloriosa!”
Na sequência da nossa conversa, perguntei ao Chico o que ele queria exatamente dizer a respeito do sacrifício do Brasil. Estaria ele a prever o futuro de nossa nação e do mundo? Chico pensou um pouco, como se estivesse vislumbrando cenas distantes e, depois de algum tempo, retornou para dizer-nos: “Você se lembra, Geraldinho, do livro de Emmanuel A Caminho da Luz? Nas páginas finais da narrativa de nosso benfeitor, no capítulo XXIV, cujo título é O Espiritismo e as Grandes Transições, Emmanuel afirmara que os espíritos abnegados e esclarecidos falavam de uma nova reunião da comunidade das potências angélicas do Sistema Solar, da qual é Jesus um dos membros divinos, e que a sociedade celeste se reuniria pela terceira vez na atmosfera terrestre, desde que o Cristo recebeu a sagrada missão de redimir a nossa humanidade, para, enfim, decidir novamente sobre os destinos do nosso mundo.
Pois então, Emmanuel escreveu isso nos idos de 1938 e estou informado que essa reunião de fato já ocorreu. Ela se deu quando o homem finalmente ingressou na comunidade planetária, deixando o solo do mundo terrestre para pisar pela primeira vez o solo lunar. O homem, por seu próprio esforço, conquistou o direito e a possibilidade de viajar até a Lua, fato que se materializou em 20 de julho de 1969. Naquela ocasião, o Governador Espiritual da Terra, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, ouvindo o apelo de outros seres angelicais de nosso Sistema Solar, convocara uma reunião destinada a deliberar sobre o futuro de nosso planeta. O que posso lhe dizer, Geraldinho, é que depois de muitos diálogos e debates entre eles foram dadas diversas sugestões e, ao final do celeste conclave, a bondade de Jesus decidiu conceder uma última chance à comunidade terráquea, uma última moratória para a atual civilização no planeta Terra. Todas as injunções cármicas previstas para acontecerem ao final do século XX foram então suspensas, pela Misericórdia dos Céus, para que o nosso mundo tivesse uma última chance de progresso moral.
O curioso é que nós vamos reconhecer nos Evangelhos e no Apocalipse exatamente este período atual, em que estamos vivendo, como a undécima hora ou a hora derradeira, ou mesmo a chamada última hora”.
Extremamente curioso com o desenrolar do relato de Chico Xavier, perguntei-lhe sobre qual fora então as deliberações de Jesus, e ele me respondeu: “Nosso Senhor deliberou conceder uma moratória de 50 anos à sociedade terrena, a iniciar-se em 20 de julho de 1969, e, portanto, a findar-se em julho de 2019. Ordenou Jesus, então, que seus emissários celestes se empenhassem mais diretamente na manutenção da paz entre os povos e as nações terrestres, com a finalidade de colaborar para que nós ingressássemos mais rapidamente na comunidade planetária do Sistema Solar, como um mundo mais regenerado, ao final desse período.
Algumas potências angélicas de outros orbes de nosso Sistema Solar recearam a dilação do prazo extra, e foi então que Jesus, em sua sabedoria, resolveu estabelecer uma condição para os homens e as nações da vanguarda terrestre. Segundo a imposição do Cristo, as nações mais desenvolvidas e responsáveis da Terra deveriam aprender a se suportarem umas às outras, respeitando as diferenças entre si, abstendo-se de se lançarem a uma guerra de extermínio nuclear. A face da Terra deveria evitar a todo custo a chamada III Guerra Mundial. Segundo a deliberação do Cristo, se e somente se as nações terrenas, durante este período de 50 anos, aprendessem a arte do bem convívio e da fraternidade, evitando uma guerra de destruição nuclear, o mundo terrestre estaria enfim admitido na comunidade planetária do Sistema Solar como um mundo em regeneração. Nenhum de nós pode prever, Geraldinho, os avanços que se darão a partir dessa data de julho de 2019, se apenas soubermos defender a paz entre nossas nações mais desenvolvidas e cultas!”
Perguntei, então ao Chico a que avanços ele se referia e ele me respondeu: “Nós alcançaremos a solução para todos os problemas de ordem social, como a solução para a pobreza e a fome que estarão extintas; teremos a descoberta da cura de todas as doenças do corpo físico pela manipulação genética nos avanços da Medicina; o homem terrestre terá amplo e total acesso à informação e à cultura, que se fará mais generalizada; também os nossos irmãos de outros planetas mais evoluídos terão a permissão expressa de Jesus para se nos apresentarem abertamente, colaborando conosco e oferecendo-nos tecnologias novas, até então inimagináveis ao nosso atual estágio de desenvolvimento científico; haveremos de fabricar aparelhos que nos facilitarão o contato com as esferas desencarnadas, possibilitando a nossa saudosa conversa com os entes queridos que já partiram para o além-túmulo; enfim estaríamos diante de um mundo novo, uma nova Terra, uma gloriosa fase de espiritualização e beleza para os destinos de nosso planeta.”
Então perguntei a ele: Chico, até agora você tem me falado apenas da melhor hipótese, que é esta em que a humanidade terrestre permaneceria em paz até o fim daquele período de 50 anos. Mas, e se acontecer o caso das nações terrestres se lançarem a uma guerra nuclear? “Ah! Geraldinho, caso a humanidade encarnada decida seguir o infeliz caminho da III Guerra Mundial, uma guerra nuclear de consequências imprevisíveis e desastrosas, aí então a própria mãe Terra, sob os auspícios da Vida Maior, reagirá com violência imprevista pelos nossos homens de ciência. O homem começaria a III Guerra, mas quem iria terminá-la seriam as forças telúricas da natureza, da própria Terra cansada dos desmandos humanos, e seríamos defrontados então com terremotos gigantescos; maremotos e ondas (tsunamis) consequentes; veríamos a explosão de vulcões há muito tempo extintos; enfrentaríamos degelos arrasadores que avassalariam os pólos do globo com trágicos resultados para as zonas costeiras, devido à elevação dos mares; e, neste caso, as cinzas vulcânicas associadas às irradiações nucleares nefastas acabariam por tornar totalmente inabitável todo o Hemisfério Norte de nosso globo terrestre.”
Segundo o médium, “em todas as duas situações, o Brasil cumprirá o seu papel no grande processo de espiritualização planetária. Na melhor das hipóteses, nossa nação crescerá em importância sociocultural, política e econômica perante a comunidade das nações. Não só seremos o celeiro alimentício e de matérias-primas para o mundo, como também a grande fonte energética com o descobrimento de enormes reservas petrolíferas que farão da Petrobras uma das maiores empresas do mundo”.
E prosseguiu Chico: “O Brasil crescerá a passos largos e ocupará importante papel no cenário global, e isso terá como consequência a elevação da cultura brasileira ao cenário internacional e, a reboque, os livros do Espiritismo Cristão, que aqui tiveram solo fértil no seu desenvolvimento, atingirão o interesse das outras nações também. Agora, caso ocorra a pior hipótese, com o Hemisfério Norte do planeta tornando-se inabitável, grandes fluxos migratórios se formariam então para o Hemisfério Sul, onde se se situa o Brasil, que então seria chamado mais diretamente a desempenhar o seu papel de Pátria do Evangelho, exemplificando o amor e a renúncia, o perdão e a compreensão espiritual perante os povos migrantes.
A Nova Era da Terra, neste caso, demoraria mais tempo para chegar com todo seu esplendor de conquistas científicas e orais, porque seria necessário mais um longo período de reconstrução de nossas nações e sociedades, forçadas a se reorganizarem em seus fundamentos mais básicos.”
Pergunta Marlene Nobre pela Folha Espírita - Segundo Chico Xavier, esses fluxos migratórios seriam pacíficos? Geraldo - Infelizmente não. Segundo Chico me revelou, o que restasse da ONU acabaria por decidir a invasão das nações do Hemisfério Sul, incluindo-se aí obviamente o Brasil e o restante da América do Sul, a Austrália e o sul da África, a fim de que nossas nações fossem ocupadas militarmente e divididas entre os sobreviventes do holocausto no Hemisfério Norte. Aí é que nós, brasileiros, iríamos ser chamados a exemplificar a verdadeira fraternidade cristã, entendendo que nossos irmãos do Norte, embora invasores a “mano militare”, não deixariam de estar sobrecarregados e aflitos com as consequências nefastas da guerra e das hecatombes telúricas, e, portanto, ainda assim, devendo ser considerados nossos irmãos do caminho, necessitados de apoio e arrimo, compreensão e amor.
Neste ponto da conversa, Chico fez uma pausa na narrativa e completou: “Nosso Brasil como o conhecemos hoje será então desfigurado e dividido em quatro nações distintas. Somente uma quarta parte de nosso território permanecerá conosco e aos brasileiros restarão apenas os Estados do Sudeste somados a Golias e ao Distrito Federal. Os norte-americanos, canadenses e mexicanos ocuparão os Estados da Região Norte do País, em sintonia com a Colômbia e a Venezuela. Os europeus virão ocupar os Estados da Região Sul do Brasil unindo-os ao Uruguai, à Argentina e ao Chile. Os asiáticos, notadamente chineses, japoneses e coreanos, virão ocupar o nosso Centro-Oeste, em conexão com o Paraguai, a Bolívia e o Peru. E, por fim, os Estados do Nordeste brasileiro serão ocupados pelos russos e povos eslavos. Nós não podemos nos esquecer de que todo esse intrincado processo tem a sua ascendência espiritual e somos forçados a reconhecer que temos muito que aprender com os povos invasores.
Vejamos, por exemplo: os norte-americanos podem nos ensinar o respeito às leis, o amor ao direito, à ciência e ao trabalho. Os europeus, de uma forma geral, poderão nos trazer o amor à filosofia, à música erudita, à educação, à história e à cultura. Os asiáticos poderão incorporar à nossa gente suas mais altas noções de respeito ao dever, à disciplina, à honra, aos anciãos e às tradições milenares. E, então, por fim, nós brasileiros, ofertaremos a eles, nossos irmãos na carne, os mais altos valores de espiritualidade que, mercê de Deus, entesouramos no coração fraterno e amigo de nossa gente simples e humilde, essa gente boa que reencarnou na grande nação brasileira para dar cumprimento aos desígnios de Deus e demonstrar a todos os povos do planeta a fé na Vida Superior, testemunhando a continuidade da vida além-túmulo e o exercício sereno e nobre da mediunidade com Jesus”.
FE: O Brasil, embora sofrendo o impacto moral dessa ocupação estrangeira, estaria imune aos movimentos telúricos da Terra? Geraldinho – Infelizmente, não. Segundo Chico Xavier, o Brasil não terá privilégios e sofrerá também os efeitos de terremotos e tsunamis, notadamente nas zonas costeiras. Acontece que de acordo com o médium, o impacto por aqui será bem menor se comparado com o que sobrevirá no Hemisfério Norte do planeta.
FE - Você também crê que a ida do homem à Lua, em julho de 1969, tenha precipitado de certa forma a preocupação com as conquistas científicas dos humanos, que poderiam colocar em risco o equilíbrio do Sistema Solar?
Geraldinho – sim, creio que a revelação de Chico Xavier a respeito traz, nas entrelinhas, essa preocupação celeste quanto às possíveis interferências dos humanos terráqueos nos destinos do equilíbrio planetário em nosso Sistema Solar. Pelo que Chico Xavier falou, alguns dos seres angélicos de outros orbes planetários não estariam dispostos a nos dar mais este prazo de 50 anos, que vencerá daqui a apenas oito anos, temerosos talvez de nossas nefastas e perniciosas influências. Essa última hora bem que poderia ser por nós considerada como a última bênção misericordiosa de Jesus Cristo em nosso favor, uma vez que, pela explicação de Chico Xavier, foi ele, Nosso Senhor, quem advogou em favor de nossa causa, ainda mais vez mais.
Outra decisão dos benfeitores espirituais da Vida Maior foi a que determinou que, após o alvorecer do ano 2000 da Era Cristã, os espíritos empedernidos no mal e na ignorância não mais receberiam a permissão para reencarnar na face da Terra. Reencarnar aqui, a partir dessa data equivaleria a um valioso prêmio justo, destinado apenas aos espíritos mais fortes e preparados, que souberam amealhar, no transcurso de múltiplas reencarnações, conquistas espirituais relevantes como a mansidão, a brandura, o amor à paz e à concórdia fraternal entre povos e nações. Insere-se dentro dessa programação de ordem superior a própria reencarnação do mentor espiritual de Chico Xavier, o espírito Emmanuel, que, de fato, veio a renascer, segundo Chico informou a variados amigos mais próximos, exatamente no ano 2000. Certamente, Emmanuel, reencarnado aqui no coração do Brasil, haverá de desempenhar significativo papel na evolução espiritual de nosso orbe.
Todos os demais espíritos, recalcitrantes no mal, seriam então, a partir de 2000, encaminhados forçosamente à reencarnação em mundos mais atrasados, de expiações e de provas aspérrimas, ou mesmo em mundos primitivos, vivenciando ainda o estágio do homem das cavernas, para poderem purgar os seus desmandos e a sua insubmissão aos desígnios superiores. Chico Xavier tinha conhecimento desses mundos para onde os espíritos renitentes estariam sendo degredados. Segundo ele, o maior desses planetas se chamaria Kírom ou Quírom.
É a nossa última chance, é a última hora... Não há mais tempo para o materialismo. Não há mais tempo para ilusões ou enganos imediatistas. Ou seguiremos com a Luz que efetivamente buscarmos, ou nos afundaremos nas sombras de nossa própria ignorância. Que será de nós? A resposta está em nosso livre-arbítrio, individual e coletivo. É A nossa escolha de hoje que vai gerar o nosso destino. Poderemos optar pelo melhor caminho, o da fraternidade, da sabedoria e do amor, e a regeneração chegará para nós de forma brilhante a partir de 2019; ou poderemos simplesmente escolher o caminho do sofrimento e da dor e, neste caso infeliz, teremos um longo período de reconstrução que poderá durar mais de mil anos, segundo Chico Xavier. Entretanto, sejamos otimistas. Lembremo-nos que deste período de 50 anos já se passaram 42 anos em que as nações mais desenvolvidas e responsáveis do planeta conseguiram se suportar umas às outras sem se lançarem a uma guerra de extermínio nuclear. Essa era a pré-condição imposta por Jesus.
     Não estamos entregues à fatalidade nem predeterminados ao sofrimento. Estamos diante de uma encruzilhada do destino coletivo que nos une à nossa casa planetária, aqui na Terra. Temos diante de nós dois caminhos a seguir. O caminho do amor e da sabedoria nos levará a mais rápida ascensão espiritual coletiva. O caminho do ódio e da ignorância acarretar-nos-á mais amplo dispêndio de séculos na reconstrução material e espiritual de nossas coletividades. Tudo virá de acordo com nossas escolhas de agora, individuais e coletivas. Oremos muito.
O próprio Emmanuel, através de Chico Xavier, respondendo a uma entrevista já publicada em livro nos diz que as profecias são reveladas aos homens para não serem cumpridas. São na realidade um grande aviso espiritual para que nos melhoremos e afastemos de nós a hipótese do pior caminho.

domingo, 18 de dezembro de 2011

A IMPORTÂNCIA DO NATAL


O Cristo, no instante derradeiro, movimentou os olhos em direção de sua mãe Maria e do apóstolo João e disse:
- Mãe, eis aí teu filho!
E num leve aceno, ao apóstolo, disse:
- Filho, eis aí tua mãe!

João e Maria entenderam que Jesus resumiu naquelas duas frases finais, sua sagrada missão, que era ensinar que o amor deveria ser universal, onde todos deveriam se amar, não só no círculo familiar, mas que o amor deveria se estender a todos de igual maneira. Que deveríamos nos amar como Ele nos amou; que deveríamos fazer aos outros o que gostaríamos que os outros nos fizessem; que amassemos nossos amigos, mas também nossos inimigos; que amassemos nosso distante como amamos nosso próximo . . .
João e Maria, entenderam também, que o corpo de Jesus morria para nascer o Reino de Deus dentro de cada um de nós.
E que da manjedoura à cruz, Ele nos ensinou “o que” deveríamos buscar para enriquecer este Reino: caridade, tolerância, perdão, etc . . .

Sem o natalício de Jesus, estaríamos ainda temendo à Deus, em vez de amá-lo; estaríamos fazendo justiça com a lei do olho por olho dente por dente; não saberíamos quem é nosso próximo; nossa fé não removeria as montanhas das dificuldades; enfim, estaríamos guiados pela mentira.
Mas Jesus veio, para abater todas as cruzes que o mundo tinha levantado; e para arrasar todos os calvários, através da lei de amor.
E, apesar de vivermos um momento grave da cultura, da ética e da moral humana. Onde muito falamos de violência, de toxicomania, de sexolatria, de desequilíbrios. Notemos que nunca houve tanto amor como hoje na Terra. Nunca tantos se preocuparam com os outros como agora.
Portanto, quem não puder doar uma estrela, doe a luz de um vagalume; quem não puder dar um jardim, ofereça uma flor; quem não puder brindar a vida, enseje um aperto de mão; quem não dispuser de um rio para saciar a sede de uma aldeia, oferte um copo de água a alguém.
Porque ninguém é destituído de valor que não possa amar, nem é tão pobre que não possa alguma coisa doar.
Este é o sentido do nascimento do Cristo.
Este é o sentido do Natal.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O NATAL DE CHICO XAVIER




A distribuição natalina que Chico Xavier promovia, juntamente com diversos amigos, há vários anos, desde os tempos de Pedro Leopoldo, inspirou diversos grupos espíritas de todo o Brasil. As chamadas "repartições" de Natal constituem hoje o cartão de apresentação do trabalho assistencial desenvolvido pelos espíritas.
No mês de Dezembro, jamantas carregadas de viveres, bolas, bonecas, roupas, doces, enxovais para recém-natos, etc., chegavam a Uberaba, procedentes de São Paulo, para a grande festa da fraternidade.
Cerca de 4.000 pessoas, entre adultos e crianças, eram beneficiadas pela distribuição sem que houvesse qualquer tumulto ou acontecimento deprimente.
O próprio Chico fazia questão de entregar simbolicamente, algum dinheiro aos irmãos que têm, igualmente, as suas mãos beijadas por ele.
Mas quem imagina que o Natal de Chico Xavier se restringia a essa grande distribuição que muitos interpretam erroneamente, estão equivocados.
Na véspera de Natal, na noite do dia 24, sem que ninguém o veja, Chico saía com reduzido número de amigos para visitar aqueles que nem sequer podem se locomover de seus barracos ...
Acobertado pelo manto da noite, percorria vários bairros carentes de Uberaba, visitando pessoalmente, em nome de Jesus, os doentes, as viúvas, os filhos do infortúnio oculto ...
Além de levar algum presente para cada um, Chico contava casos, sorria com eles, lembrava a sua infância, tomava café e, depois de orar, seguia em frente ...
Poucas pessoas sabem que Chico passa o Natal peregrinando. Enquanto muitos se reúnem em torno da mesa faustosa, sem qualquer crítica a eles, ou a nós, esse verdadeiro apóstolo de Jesus na Terra caminha quase solitário, levando um pouco de alegria aos lares e aos corações dos que enfrentam rudes provas.
Para muitos, Chico era um verdadeiro pai. Ainda há pouco tempo, uma senhora já bastante velhinha nos disse:
- O sêo Chico tem sido nem sei o que pra mim ... Deus é que vai abençoá ele pro resto da vida... Quando o meu marido morreu, mandei avisá ele ... Nóis num tinha dinheiro nem pro enterro ... Ele feiz tudo e mandô me dize que vai me interrá tumém ...
Chico não era só o médium missionário que conhecemos, cuja produção mediúnica não encontra similar no mundo inteiro, seja em volume ou em variedade de temas de incontestável qualidade; ele reconhecia que não basta estar empunhando lápis ou falando aqui e acolá ou tendo o seu nome nas páginas dos jornais... Na simplicidade de suas atitudes estava a grandeza do seu Espírito.
Se a vida de Chico nas páginas abertas é bonita, nas páginas que ninguém conhece, naquelas que só o Senhor pode ler, ela é muito mais, porquanto o seu amor pelo Cristo é algo que transcende, se perdendo na noite insondável dos séculos ...
O Natal de Chico Xavier era assim ...

Do livro CHICO XAVIER mediunidade e coração, de CARLOS ANTÔNIO BACCELLI

sábado, 26 de novembro de 2011


Qual é o verdadeiro sentido da palavra caridade como a entendia Jesus?
Benevolência com todos, indulgência com as imperfeições dos outros, perdão das ofensas. (questão 886)

O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, porque amar ao próximo é fazer todo o bem que está ao nosso alcance e que gostaríamos que nos fosse feito. Esse é o sentido das palavras de Jesus:
“Amai-vos uns aos outros como irmãos”.
A caridade, para Jesus, não se limita à esmola. Ela abrange todas as relações com nossos semelhantes, sejam inferiores, iguais ou superiores. Ensina a indulgência, porque temos necessidade dela, e não nos permite humilhar os outros, ao contrário do que muitas vezes se faz. Se uma pessoa rica nos procura, temos por ela mil atenções, mil amabilidades; se é pobre, parece não haver necessidade de nos incomodar. Porém, quanto mais lastimável sua posição, mais se deve respeitar, sem nunca aumentar sua infelicidade pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar o inferior aos seus próprios olhos, diminuindo a distância entre ambos.


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

JESUS FOI CRIADO PURO E PERFEITO? - Richard Simonetti


HOUVE REENCARNAÇÕES ANTERIORES DE JESUS?
Jesus, para alcançar sua evolução, reencarnou muitas vezes como qualquer outro Espírito, mas, isso ocorreu em outro planeta. Quando estava em grau elevado de evolução, recebeu a incumbência de ser o governador de nosso planeta. Ele participou da formação da Terra e aqui viveu uma única encarnação.

NÃO ERA, ENTÃO, VINCULADO À HUMANIDADE?
Ninguém mais vinculado que ele. É, conforme revela Emmanuel, em A Caminho da Luz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, o governador de nosso planeta. Tem a tarefa de conduzir as coletividades que aqui evoluem.
DESDE QUANDO? Segundo Emmanuel, desde que a Terra desprendeu-se do Sol, massa de fogo incandescente, há aproximadamente 4 bilhões e quinhentos milhões de anos. Preposto de Deus, Jesus foi convocado pelo Criador para essa elevada missão.

ENTÃO ELE NÃO FOI CRIADO PURO E PERFEITO?
Seria injustiça Deus criar Espíritos puros e perfeitos, enquanto nós outros, na Terra, vimos labutando (trabalhando) há milênios. Jesus está onde chegaremos um dia, mas esteve, um dia, onde estagiamos hoje. Viveu seu aprendizado alhures, em outros mundos.

HÁ QUEM DIGA QUE JESUS EVOLUIU EM LINHA RETA, SEM OS DESVIOS QUE CARACTERIZAM O COMPORTAMENTO HUMANO. NÃO ESTARIA AÍ A ORIGEM DE SUA ELEVADA POSIÇÃO JUNTO AO CRIADOR?
Os desacertos fazem parte de nosso aprendizado. Aprendemos com os próprios erros, observada a lei de causa e efeito. Um Espírito a “subir em linha reta” sugere que não foi criado simples e ignorante, como está em O Livro dos Espíritos; pressupõe que há algo que o distingue dos demais. Isso é tão absurdo quanto a teoria das graças, da teologia ortodoxia, segundo a qual Deus teria seus eleitos.

SE JESUS É O NOSSO GOVERNADOR, ESPÍRITO PURO E PERFEITO, PREPOSTO DE DEUS, POR QUE DEIXOU SUAS ELEVADAS ATRIBUIÇÕES E SUBMETEU-SE ÀS LIMITAÇÕES IMPOSTAS PELA ENCARNAÇÃO? NÃO PODERIA ENVIAR MENSAGEIROS QUE ORIENTASSEM A HUMANIDADE EM SEU NOME?
Isso ele tem feito sempre. Os Espíritos iluminados que vêm à Terra, vanguardeiros do Bem e da Verdade, são enviados seus, a pontificarem no seio de todas as culturas e de todas as religiões.

POR QUE ELE VEIO?
A mensagem cristã sintetiza-se no Amor, lei suprema de deus. Foi o momento culminante na história humana. Natural, portanto, que o governador do planeta decidisse trazê-la pessoalmente, a fim de apresentá-la e exemplificá-la em plenitude.

NÃO SERIA OPORTUNO JESUS ENCARNAR JUNTO AOS QUE DETINHAM OS PODERES DO MUNDO? COMO FILHO DE CÉSAR POR EXEMPLO, NÃO HAVERIA MAIOR FACILIDADE PARA FAZER ECOAR SUA MENSAGEM NA ALMA DOS POVOS?
É inútil fazer propaganda do amor ou pretender impô-lo de cima para baixo, a partir das cátedras e dos palácios. Para ser disseminado ele pede a força do exemplo e infinita capacidade de doar-se em favor do bem comum. Foi junto ao povo, vivendo seus dramas, condoendo-se de suas limitações, que Jesus pôde demonstrar a força redentora do amor. Por isso, será lembrado para sempre como a figura maior da Humanidade, alguém muito grande que se fez pequeno para ensinar que amar é sinônimo de servir.

AS 3 REVELAÇÕES DE DEUS


POR QUE JESUS NÃO FALOU MAIS CLARAMENTE DA REENCARNAÇÃO?
Para responder a pergunta, vamos lembrar de uma estória, onde cientistas americanos construíram uma máquina do tempo e escolheram um homem para fazer a primeira viagem. Esse homem escolheu o tempo de Jesus para visitar. O homem então, vestiu-se com os trajes da época e fez a viagem. Chegando lá, viu uma multidão que se acomodava no quintal da casa de Lázaro. Ele acompanhou a multidão, e ao chegar viu Jesus pregando para o povo. Após a pregação, Jesus passou perto dele e disse:
- “Sê bem vindo.”
O homem espantou-se, mas continuou a segui-lo. Depois de um bom tempo, o homem conseguiu ficar a sós com Jesus, e fez muitas perguntas. Jesus respondeu o que pode. O homem então disse:
- Senhor, por que não explica melhor sobre Deus, sobre o mundo espiritual, sobre a reencarnação, etc. para este povo ?
Jesus deu um leve sorriso e disse:
- Você contaria à eles de onde você veio ?

Observação de Rudymara: Esta estória é bastante interessante porque lembra as palavras de Jesus quando disse: “Tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora” (João, 16:12).
Deus nos revela a verdade gradualmente, à medida que a humanidade amadurece para recebê-la. Por isso, Deus nos mandou as 3 revelações em épocas diferente. A primeira revelação espiritual, foi os 10 mandamentos, recebido por Moisés; a Segunda veio mais ou menos 500 anos depois que foi a Lei de Amor, trazido por Jesus; e a terceira que é o Espiritismo, trazido pelos espíritos superiores e organizado por Allan Kardec em 1857, no séculoXIX. Cada revelação surgiu numa época diferente, com povos mais evoluidos, com maior entendimento e compreensão. Os judeus, por exemplo, acreditavam na reencarnação, mas com o nome de ressurreição.Tanto que Nicodemos perguntou a Jesus: "Como pode nascer um homem já velho? Pode tornar a entrar no ventre da mãe, para nascer segunda vez?" Jesus se admira dizendo: "Você que é mestre em Israel, ignora estas coisas?" Jesus tenta explicar mas sabe que ele não estava preparado para compreender. Então disse: "Se você não crê quando falo das coisas da Terra, como irá crê se eu falar das coisas do céu?" Apesar de acreditar na reencarnação eles não tinham muita noção sobre o assunto. Mas, hoje temos muita informação, graças ao Espiritismo e a Ciência, e assim mesmo, encontramos quem conteste sua existência, porque ainda somos espíritos em aprendizado.


MEDIUNIDADE É MISSÃO? - Therezinha Oliveira


Missionário é o espírito que, sem nada dever à humanidade terrena nem ter mais nada a aprender neste mundo, aceita nascer na Terra com um encargo, uma tarefa em especial, para ajudar o progresso dos que aqui vivem.
Neste sentido, poucos serão os verdadeiros missionários na Terra, que é um planeta de espíritos ainda sujeitos a provas e expiações.
Mas qualquer pessoa que recebe um encargo, uma tarefa para realizar, pode dizer que está "incumbido de uma missão".
Neste sentido, todo médium, mesmo sendo uma criatura imperfeita, tem sua missão, isto é, um trabalho a fazer, um papel a desempenhar: o de intermediário entre o plano invisível e o material, colocando a verdade espiritual ao alcance das criaturas.
É uma pena que algumas pessoas com mediunidade não entendam o valor da sua faculdade e não queiram exercitá-la devidamente, alegando: "Tenho medo de lidar com os espíritos", "Dá muito trabalho e ocupa muito tempo", "Não vou poder viver a minha vida como gosto", etc.
Não empregando sua faculdade mediúnica, o médium não se livra da presença e atuação dos espíritos em geral. Pelo contrário, fica mais a mercê dos maus espíritos por lhe faltar autoridade moral e o exercício no bem, que podia mas não quer fazer.
A mediunidade é abençoada oportunidade de serviço, através do qual o médium resgata dívidas do passado, aprende muito sobre a vida espiritual e pode progredir mais depressa moralmente.
Para trabalhar como médium, não é preciso renunciar a uma vida normal, na família, no estudo, na profissão ou socialmente. Basta renunciar apenas aos excessos, à indisciplina, à rebeldia, aos vícios, e se interessar pelas atividades espirituais superiores.
Depende do médium achar que sua faculdade mediúnica é uma obrigação constrangedora ou considerá-la uma pequenina, abençoada missão e executá-la com satisfação íntima.
Procure o médium aceitar a sua mediunidade, embora as dificuldades e problemas com que se apresente; cultive-as com carinho, respeite sua finalidade superior. E terá as mais sublimes compensações pela tarefa que executar como intermediário entre o Céu e a Terra.
Mas não se julgue nunca um espírito missionário, na verdadeira acepção do termo, nem dispute esse título. A não ser que seja bom, tão verdadeiro e tão realizador para o bem como aqueles que Deus nos envia em missão.


terça-feira, 8 de novembro de 2011

REENCONTRO COM OS ENTES QUERIDOS APÓS A DESENCARNAÇÃO


Pergunta 286: “A alma, ao deixar o corpo logo após a morte, vê imediatamente parentes e amigos que precederam no mundo dos Espíritos?”
Resposta: Imediatamente não é bem a palavra. Como já dissemos, ela precisa de algum tempo para reconhecer seu estado e se desprender da matéria.
Observação: Cada desencarnação é diferente da outra. Lembremos o caso de André Luiz que, ao desencarnar foi para o Umbral e lá ficou por 8 anos. E ao ser resgatado e levado para Nosso Lar levou algum tempo para receber a visita da mãe que estava em um plano superior ao dele.
Pergunta 289: “Nossos parentes e amigos vêm “algumas vezes” ao nosso encontro quando deixamos a Terra?
Resposta: Sim, eles vêm ao encontro da alma que estimam. Felicitam-na como no retorno de uma viagem, se ela escapou dos perigos do caminho, e a ajudam a se despojar dos laços corporais. É a concessão de uma graça para os bons Espíritos quando aqueles que amam vêm ao seu encontro, enquanto o infame, o mau, sente-se isolado ou é apenas rodeado por Espíritos semelhantes a ele: é uma punição.
Observação: A pergunta é clara, diz “algumas vezes” e os Espíritos explicam que nem todos são recebidos pelos parentes e amigos, porque não fizeram por merecer.
Exemplo: No livro O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, 2ª parte, capítulo V, há um relato de uma mãe que se suicidou logo após a desencarnação de seu filho. Sua intenção era acompanhá-lo. Mas não aconteceu o esperado:
Em março de 1865, um jovem de 21 anos de idade, que estava gravemente enfermo, prevendo o desenlace, chamou sua mãe e teve forças ainda para abraçá-la. Esta, vertendo lágrimas, disse-lhe: "Vai, meu filho, precede-me, que não tardarei a seguir-te". Dito isto, retirou-se, escondendo o rosto entre as mãos.
Morto o doente, procuraram-na por toda a casa e foram encontrá-la enforcada num celeiro. O enterro da suicida foi juntamente feito com o do filho.
Quando evocaram o rapaz, este disse que sabia do suicídio da mãe, e que esta, retardou indefinidamente uma reunião que tão pronta teria sido se sua alma se conformasse submissa às vontades do Senhor. Disse ele: "Pobre, excelente mãe! Não pôde suportar a prova dessa separação momentânea . . ." e aconselhou: "Mães, que me ouvis, quando a agonia empanar o olhar dos vossos filhos, lembrai-vos de que, como o Cristo, eles sobem ao cimo do Calvário, donde deverão alçar-se à glória eterna."
Quando evocaram a mãe, esta gritava: "Quero ver meu filho . . ." Quero-o, porque me pertence! . . ." ". . . Nada vale o amor materno? Tê-lo carregado no ventre por nove meses; tê-lo amamentado; nutrido a carne da sua carne; sangue do meu sangue; guiado os seus passos; ensinado a balbuciar o sagrado nome Deus e o doce nome mãe; ter feito dele um homem cheio de atividade, de inteligência, de probidade, de amor filial, para perde-lo quando realizava as esperanças concebidas a seu respeito, quando brilhante futuro se lhe antolhava! Não, Deus não é justo; não é o Deus das mães, não lhes compreende as dores e desesperos . . ." ". . . Meu filho! Meu filho, onde estás?"
Esta mãe, buscou um triste recurso para se reunir ao filho. O suicídio é um crime aos olhos de Deus, e devemos saber que as Leis de Deus punem toda infração. A ausência do filho é a punição desta mãe.
Pergunta 290: “Os parentes e amigos sempre se reúnem depois da morte?”
Resposta: Isso depende de sua elevação e do caminho que seguem para seu adiantamento. Se um deles é mais avançado e marcha mais rápido do que o outro, não poderão permanecer juntos. Poderão se ver algumas vezes, mas somente estarão para sempre reunidos quando marcharem lado a lado, ou quando atingirem a igualdade na perfeição. Além disso, a impossibilidade de ver seus parentes e seus amigos é, algumas vezes, uma punição.
Observação: Quando estamos no mesmo grau de elevação e os que desencarnaram antes de nós não reencarnaram poderemos nos reunir "temporariamente". Se reencarnamos várias vezes, como reunir as famílias de todas as encarnações? Por isso, quando a reunião é possível, esta é temporária. A evolução necessita da reencarnação, desse vai e vem no corpo físico.


"SE A NOSSA ESPERANÇA EM CRISTO SE LIMITA APENAS A ESTA VIDA, SOMOS OS MAIS INFELIZES DE TODOS OS HOMENS." - ( Coríntios: 1519)

PURGATÓRIO NA VISÃO ESPÍRITA - Richard Simonetti



Que se deve entender por purgatório?
Resposta: Dores físicas e morais: o tempo da expiação. Quase sempre, na Terra é que fazeis o vosso purgatório e que Deus vos obriga a expiar as vossas faltas. (Questão 1013)
O purgatório não está na Bíblia, foi criado pelo catolicismo para resolver um problema teológico: a salvação.
O purgatório para eles seria uma região no Além onde estagiam as almas que, embora arrependidas e “na graça de Deus”, ou seja, por se submeterem a sacramentos religiosos (batismo, crisma, etc.), não são suficientemente puras para elevarem-se ao Céu, nem tão ruins para merecerem o inferno. Morrem abençoadas, mas não perdoadas.
Em torno dessa idéia central criou-se toda uma mitologia, com crendices que circulou durante a Idade Média, servindo de instrumento para exploração da ingenuidade popular.
Como o catolicismo pregava que aquele que fosse para o inferno de lá não sairia mais (penas eternas), o purgatório seria a região onde os, nem tão bons e nem tão ruins, teriam a chance de serem julgados para ver se iriam para o céu ou para o inferno. E o critério para este julgamento estava nas mãos dos parentes aqui na Terra. Assim foi criado a Doutrina das Indulgências que permitia às famílias abastadas (ricas) promover a transferência de seus mortos do purgatório para o céu, mediante a doação de largas somas de dinheiro às organizações religiosas. Quem adquirisse “relíquias” (supostamente parte do corpo de um santo – osso, dente, cabelos, unhas – ou qualquer objeto que tenha usado ou que tocou seu cadáver), compradas a peso de ouro, o efeito seria mais seguro.
As “relíquias” prestavam-se a vergonhosas fraudes. Como poderiam os fiéis saber se eram autênticos pedaços da cruz onde foi sacrificado Jesus, os cabelos de Pedro, as sandálias de Paulo ou as pedras que imolaram Estevão?
No folclore religioso existe até mesmo a idéia de que é interessante pedir ajuda às almas do purgatório para resolver nossas dificuldades, pois estas estariam sempre dispostas a nos ajudar, a fim de acumularem méritos suficientes para se livrarem de suas penas.
As “penas eternas” é uma aberração teológica incompatível com a justiça e a misericórdia de Deus. Se o arrependimento no momento da morte livra o indivíduo do inferno, levando-o ao purgatório, por que Deus não perdoaria os impenitentes que encontram-se no inferno? Afinal, a experiência demonstra que, ante sofrimentos prolongados, mesmo os indivíduos mais rebeldes acabam modificando suas disposições.

ENTÃO, O QUE É PURGATÓRIO PARA OS ESPÍRITAS?
Então, nós espíritas, entendemos por purgatório, as dores físicas e morais: o tempo da expiação. Tempo onde carregamos as cruzes confeccionadas por nós ao transgredirmos as leis divinas. Quase sempre, é na Terra que fazemos o nosso purgatório, ou seja, que expiamos (resgatamos) as nossas faltas. Purgatório significa purgação, purificação. O purgante é o remédio que limpa o organismo. E as dores e aflições é o purgante que limpa a alma das transgressões à Lei Divina. Podemos dizer que, o caminho mais rápido e seguro entre o purgatório e o Céu, é “O PRÓXIMO”. Na medida em que estivermos dispostos a respeitar, ajudar, compreender e amparar aqueles que nos rodeiam, seja o familiar, o colega de serviço, o amigo, o indigente, o doente, estaremos habilitando-nos à felicidade, contribuindo para que ela se estenda sobre o Mundo. Portanto, não nos elevaremos se não tivermos dispostos a auxiliar os companheiros que conosco estagiam no purgatório terrestre.


Objetivo do Espiritismo - Divaldo Franco



QUAL O PRINCIPAL OBJETIVO DO ESPIRITISMO – UMA DOUTRINA QUE NÃO É NOSSA, É DOS ESPÍRITOS – EM RELAÇÃO A NÓS, ENCARNADOS?
Divaldo responde: Ensinar o estado de carne transitório e que retornaremos à erraticidade – o mundo espiritual. A nossa conduta de hoje é fruto do comportamento no passado; a nova vida de amanhã será o resultado da conduta de hoje. Portanto, o futuro nos aguarda conforme o procedimento no presente.